Como escrever Código Limpo - Comentários e conclusão da série
Na primeira parte dessa série de artigos sobre Código Limpo, fiz uma introdução do conceito e os benefícios de sua utilização. Você pode ler esse post clicando aqui.
No segundo post falei sobre princípios encontrados no livro relacionados ao processo de nominar variáveis, métodos, classes e outros itens de uma base de código e como esses princípios podem beneficiar o entendimento do código como um todo. Você pode ler esse post clicando aqui.
No terceiro post, apresentei um pouco o que o livro fala sobre funções. Você pode ler esse post clicando aqui.
Neste quarto post e último post, apresentarei princípios encontrados no livro de Robert C. Martin sobre a escrita de comentários no código.
Sempre tente se explicar no código
Vejamos o seguinte exemplo:
O comentário é bem intencionado e ajuda as pessoas que se depararem com ele a entenderem o que realmente está sendo validado. Porém, o autor do livro lembra como comentários são mais difíceis de serem atualizados e assim refletirem a realidade do que variáveis e métodos em IDEs modernas.
Abaixo um exemplo utilizando um método bem nomeado contendo o comportamento que está sendo validado. Assim, é mais fácil garantir que o código realmente faz o que diz.
Não seja redundante
Como veremos nos próximos tópicos deste post, comentários que não agregam valor apenas poluem o código. No exemplo abaixo é claro que está ocorrendo um incremento de valor 1 na variável i. Em um caso como esse, remover o comentário é o melhor caminho.
Use para destacar algo que pareça irrelevante
O método Trim no exemplo abaixo pode parecer não fazer muito sentido e ser redundante. Um comentário ajuda a explicar sua necessidade e garantir que não seja removido por engano.
Use como alerta de consequências
Comentários são úteis quando um trecho de código parece inofensivo, mas na verdade esconde detalhes dignos de nota. O exemplo abaixo exemplifica isso:
Não deixe código comentado
Comentar código por conta de histórico poderia fazer sentido anos atrás, mas não hoje em dia com a quantidade de ferramentas de versionamento de código disponíveis. Se alguém desejar ver o que um trecho de código fazia tempos atrás, basta utilizar o sistema de versionamento para isso.
Conclusão do post e da série
E aí, o que achou do assunto?
Nessa série de posts tentei consolidar o que aprendi durante a leitura do livro Código Limpo do autor Robert C. Martin. Espero que os posts tenham contribuído de alguma maneira. Além disso, deixo a mensagem final de que escrever código limpo é um exercício e não um destino.
Vejo como normal escrever código confuso, redundante e poluído no início da resolução de um problema. Acho que o melhor momento para aplicar os conceitos apresentados nessa série é após a solução já estar pronta e antes do código ser salvo no repositório, assim o foco é concentrado em melhorar algo já funcional.
“Para escrever código limpo, você precisa primeiro escrever código sujo e então limpá-lo.”.
— Robert C. Martin (“Uncle Bob”)
Sugestões, críticas construtivas e comentários sobre este post e a série da qual ele faz parte são muito bem vindos. Até o próximo!
Referências
MARTIN, Robert C. Código Limpo. Alta Books, 2019.
Comments